Análise: a reestreia de Juninho pelo Vasco

Por André Schmidt

Bastaram três minutos para que os vascaínos vissem o que tanto aguardavam: Juninho Pernambucano balançando as redes novamente pelo clube. E não foi qualquer gol, foi ao seu melhor estilo:. de falta. O que aconteceu depois disso foi mera literatura. Esta partida só tinha um motivo para acontecer e apenas um estímulo à torcida, que era ver a volta de seu rei vestindo o seu manto. É óbvio que a vitória abrilhantaria ainda mais a noite, porém, aqueles instantes iniciais já haviam valido os anos de espera. Após o gol, por mim, o camisa 8 poderia ter tirado a camisa e anunciado a sua aposentadoria.
O Reizinho deu aos seus súditos - principalmente ao mais novos - mais uma oportunidade de sorrir e prestigiar o seu talento. Certos momentos precisam de segundos para entrar para história. E este foi um deles. Ainda que seja para ficar guardado no coração de um simples torcedor, como eu, mas jamais será esquecido.
O placar não foi nada surpreendente e nada além do esperado realmente. Mais a cobrança perfeita de falta trouxe à memória um cheiro, um ar, quase um déjà vu, dos monetos mais brilhantes da história do nosso amado Club de Regatas Vasco da Gama. Não foi apenas um gol, mas sim uma carta de compromisso com o passado, um lembrete aos apaixonados do que realmente somos feitos.
Após ver as redes balançarem, nada mais importava. O jogo poderia se encerrar ali e começar outro, pois o espetáculo já estava completo antes mesmo do segundo ato. O que vimos na noite de ontem foi apenas um gostinho do que ainda está por vir. Estes chutes certeiros ainda nos darão muitas alegrias. E disto não temos dúvida. Vida longa ao rei!