terça-feira, 5 de abril de 2011

Coluna do Portuga - "Os pecados de Felipe"


Por André Schmidt

Um craque! Assim pode ser definido Felipe. Não é exagero nenhum se o colocarmos como o maior lateral esquerdo da história do Vasco - rivalizando com Mazinho. Reserva em sua época de juniores - Bill era o titular - o camisa 6 vascaíno surgiu no final do Brasileiro de 96 e despontou no ano seguinte. Formando uma dupla histórica com seu amigo Pedrinho pela esquerda, conquistou a Libertadores de 98 sendo um dos grandes destaques com seu dribles fantásticos. Suas apresentações brilhantes pelo Cruzmaltino, chamaram a atenção do Roma, da Itália, que assinou um pré-contrato com o jogador. Aí começaram os problemas. Com tudo para se firmar na Seleção - já havia sido convocado por Luxemburgo -, os problemas extracampo afetaram não só o seu rendimento, como o afastaram dos gramados. Os embrólios que se iniciaram em 99, se estenderam por dois anos até que a FIFA deu parecer favorável ao Vasco e o time italiano teria que pagar a multa de R$ 40 milhões. Fábio Capello não o queria e o jogador continuou no clube. Porém, o clima entre o jogador e a diretoria já era o mesmo. Após forçar uma saída, foi emprestado ao Palmeiras e posteriormente ao Atlético-MG. Retornou à São Januário em 2002, mas a sua alegria e vontade de jogar já não era a mesma e seu rendimento caiu. A carreira de Felipe seguia em declínio e o sonho de brilhar na Seleção e na Europa começava a ficar distante. A transferência para o Galatasaray, da Turquia, surgiu como um alento para o atleta e para o Vasco. Em 2004 reencontrou o bom futebol, atuando como meia. Para a tristeza dos vascaínos isto aconteceu jogando pelo Flamengo. Algo que considerávamos imperdoável, hoje já passou. Felipe voltava a encantar os amantes do bom futebol e retornava a Seleção, conquistando a Copa América pelo Brasil. Porém, novamente seu temperamento o fazia trocar de equipe e o camisa 6 acerta com o Fluminense. O maestro cada vez mais era visto como desagregador, "bad-boy" e inconstante. Aquele menino talentoso de 97 e 98, jogava fora os seus melhores anos em razão do destempero. Sobrou ao jogador garantir a aposentadoria no mundo árabe, onde ficou por 5 anos. Felipe poderia ter sido um dos grandes craques da Europa, mas nunca passou a confiança e segurança necessária para que um clube grande estrangeiro investisse no seu futebol. Hoje o craque já fala até em aposentadoria, apesar dos 33 anos de idade. E, mais maduro, vem mostrando que ainda tem muita bola pra comer e muita alegria a dar para a torcida vascaína. Seleção e Europa já não fazem parte mais do sonho do Maestro e o foco exclusivamente no Gigante da Colina faz com que o seu rendimento cresça.

Um comentário:

  1. Foi pelo futebol do Felipe que me apaixonei antes de amar o Vasco... Chorei muito e me decepcionei qdo ele foi pro Fla! Achei que nunca o perdoaria, mas qdo o ví com a camisa do Vasco novamente, não resistí ao maestro! Ele é d+!!

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