Por André Schmidt
Certa vez escrevi aqui sobre a diferença entre o ídolo e o craque. Não tem muito mistério, é simples: para ser ídolo não é preciso ser craque. Citei ainda que o jogador que consegue unir estas duas características, este sim, pode ser chamado de gênio. Na época, usei o exemplo de Juninho Pernambucano, que é craque, e também ídolo para confirmar a minha tese. Cada vez se torna mais difícil utilizar a palavra "ídolo" para algum jogador, devido ao êxodo precoce dos nossos atletas - vide Philippe Coutinho. O ídolo é aquele cara que veste a camisa com amor, por prazer, que se dedica ao clube e à torcida em todos os jogos. É o cara que entra em campo sem pensar se há algum olheiro europeu de olho no seu futebol, que reconhece a grandeza do clube em que está e o trata como se fosse sua casa. O craque pode atuar um jogo, um campeonato, um ano por time, mas o ídolo veste a camisa da equipe e a trata como sua própria pele. Ele sabe que maior que o dinheiro momentâneo - não que recebam mal no Brasil, pois R$ 100 mil/mês é muito dinheiro em qualquer lugar do mundo -, é o reconhecimento eterno da torcida. E é aí que entra o ídolo, e não o craque. Ninguém vira ídolo em um ano ou dois. O ídolo é conhecido pela sua história, e esta tem que ter início, meio e fim. Mas o mais importante dela, é o desenrolar.
Pois bem, este texto na verdade eu comecei para falar do Carlos Alberto. É um excelente jogador, que chama a responsabilidade para si, que - mesmo novo - sabe da importância do seu futebol para o grupo. E o que ele fez em campo contra o Juventude foi algo digno dos bons tempos do futebol brasileiro. Sem medo de exagerar, me fez lembrar Edmundo - só que com a cabeça mais no lugar. Não estou falando da genialidade do Animal - este sim pode ser chamado de gênio, pelo menos por nós vascaínos -, mas sim pela entrega, pela liderança, pelo amor à camisa.
Muitos ainda possuiam dúvidas sobre o meia. O chamavam de "chinelinho", desagregador, encrenqueiro... Mas quem viu o jogo de Caxias tenho certeza que mudou a sua opinião. Quem sabe num estamos presenciando o nascimento de um novo ídolo?! Cedo para dar certeza, mas ainda em tempo de sonhar...
Imagem: Lancenet
axu q ele tem tudo pa se trona idolo como vc proprio falo da liderança e da dedicaçao dele diante do grupo
ResponderExcluirmas infelizmente ele ja tem um ´´ prazo de validade´´ pois o timinho alemao vai querer ele , e ele proprio falo q deve ao timinho la
mas vamus torce pra q ele fique
Sem sombra de duvidas o C.A. é um grande jogador que tem honrado nossa camisa. Agora, se ele vai ser idolo, isso é questão de tempo e titulos. O fato é que hj a nossa torcida anda carente de idolos, e quem aparentemente seria o idolo dessa geração mostrou ser um tremendo ingrato - o Leandro Amaral. Ainda falta pro Carlos ser eternizado na nossa história, e torço por isso. Eu tenho um pé meio atras com ele, devido a ele ter sido torcedor do pó de arroz, mais desde ele honre a cruz de malta, beleza. Me lembra muito a intensa relação que agente teve com o rubronegro Bebeto, que no Vascão tbm jogou muito.
ResponderExcluirAbraços. SV!
Bernardo Reis (Barcelona, Espanha)
Valeu mesmo pelo comentário Bernardo! Muito bem lembrado o caso do Bebeto. É como o Luisinho Quintanilha também, botafoguense confesso mas que honrou a camisa cruzmaltina por quase uma década.
ResponderExcluirBom saber que temos vascaínos espalhados pelo mundo todo e que acessam o blog hehehe
Abração Bernardo e Leonardo!
Sempre bem vindos!
SV!