Por André Schmidt
Mais um ídolo cruzmaltino abandona os gramados. Depois de Edmundo anunciar a sua aposentado no final da temporada passada, foi a vez do meia Pedrinho se retirar. Os dois fizeram parte do time campeão brasileiro em 97, que formou a base para os anos de glória no final da década de 90. Do time que entrou em campo na partida final contra o Palmeiras restam apenas quatro em atividade: Odvan, Felipe, Juninho e Ramón. Pedrinho encerra uma carreira de vitórias e muitas lutas. Uma carreira digna, de quem fez com o amor o que mais sabia fazer: jogar futebol. Um exemplo, um ídolo, um dos poucos "românticos" que ainda restavam no futebol. Foi injustiçado no passado, mas pode ficar tranquilo, será lembrado para sempre pela torcida como um grande VASCAÍNO!
"Deu muitas alegrias para a torcida, levantou muitos títulos, mas os seus momentos mais marcantes foram com lágrimas... Lembro-me perfeitamente do dia de sua lesão, dia seis de setembro - dois dias antes do meu aniversário de 13 anos. O que era para ser festa aqui em casa, passou a ser um dia triste. Confesso que chorei junto com Pedrinho. Enquanto ele saía aos prantos e gritos de dor numa maca, eu tentava segurar o meu choro em frente à tv.
Um ano e meio depois, voltamos a nos encontrar. E novamente choramos. Dezoito de março de 2000, Pedrinho entra em campo no segundo tempo da partida entre Vasco e Bangu. O jogo estava dois à zero para nós e todos os olhas estavam focados na volta do meia ao gramado da Colina Sagrada. Não poderia ser melhor... Pouco tempo depois de entrar o meia marca um gol e sai carregado nos braços por Juninho e Paulo Miranda, para delírio da torcida.
Nosso último choro, foi o mais doído. De onde eu estava na arquibancada não pude ver. Apenas dias depois resolvi procurar na internet, já que o assunto rebaixamento ainda muito me atormentava... Haviamos chorados juntos no estádio, um choro copioso, um sentimento de vazio e de discrença. E, novamente, à frente do computador, me emocionei e chorei. Por que tanto choro?! Porque nestes anos todos partilhamos do mesmo amor, o Clube de Regatas Vasco da Gama. E quando isto acontece, mesmo que nunca tenhamos tido contato, olhamos para nossos ídolos e os vêmos como velhos amigos, adoradores da mesma paixão. E é, com lágrimas nos olhos, que lhe agradeço por tudo Pedrinho..."
Belo Texto André, parabéns!!
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