sábado, 4 de julho de 2009

Entrevista exclusiva com Siston, meia revelado pelo Vasco

Por André Schmidt

Seguindo a linha de entrevista com ex, e atuais, jogadores do Vasco. Hoje, o Blog Boteco do Portuga trás o meia Siston, como nosso entrevistado. O atleta, que atualmente está atuando pelo Aris Salonika-GRE, surgiu na equipe principal do clube em 2000, fazendo parte do elenco campeão da Copa Mercosul e da Taça João Havelange. Neste rápido bate-bapo, Siston falou do início de sua carreira, da passagem para os profissionais e de um possível retornou ao Brasil. Confira a matéria completa!

FICHA DO JOGADOR
Diogo Rodrigues Siston
Apoiador, 25/01/1981, Rio de Janeiro-RJ

PELO VASCO
2000 - 3 jogos e 0 gol
2001 - 19 jogos e 0 gol
2002 - 15 jogos e 1 gol
2003 - 12 jogos e 0 gol
Total - 49 jogos e 1 gols

AS - Siston, o seu primeiro ano como profissional (2000) entrou para história do Vasco como uma das melhores equipes da história do clube. Como foi atuar em meio a tantos craques como Romário, Edmundo e Juninho Pernambucano?
S - Neste ano realizei o maior sonho da minha vida. Tornar-me jogador profissional depois de tanto trabalho nas categorias de base. Comecei no Vasco com nove anos no futsal e só subi aos 19. Foram 10 anos de luta, sonhos e quando subi pude conviver com ídolos do Vasco e que também foram meus ídolos desde criança, com os quais aprendi muito. Era uma relação de muito respeito, sempre me trataram bem.

AS - Além de você, Léo Lima, Possato, Roni e outros, subiram para os profissionais em 2000. Você acha que esta geração poderia ter sido mais valorizada dentro do clube se não houvesse tantas estrelas?
S - O problema dessa geração não foi o fato de haver estrelas, pois logo depois em 2001 e 2002 muitos desses grandes jogadores foram embora. Acho que daí surgiu a dificuldade. Éramos muitos jogadores da base jogando e poucos jogadores com experiência no elenco. O time não conseguia resultados para conquistar o Brasileiro, e sempre lutávamos para não cair. Isso tudo fez com que a torcida não confiasse tanto na gente, o que acaba sendo normal no futebol.

AS - Em seu segundo ano como profissional, você já começou a se destacar, porém, não conseguiu ter uma grande sequência de jogos com nenhum treinador. Você guarda alguma mágoa do clube ou de algum técnico?
S - Não tenho o que falar dos treinadores. Sempre me trataram bem. Passaram no Vasco alguns treinadores que confiavam mais no meu futebol que os outros (Oswaldo de Oliveira, Joel Santana, Antônio Lopes...). Mas não acho q fui injustiçado por nenhum.

AS - Qual a maior recordação que você tem do clube?
S - O Vasco foi a minha segunda casa na minha fase de formação, como homem e cidadão. Então foram vários momentos felizes. Mas para citar um em especial, foi o dia em que tínhamos um jogo no Maracanã para receber as faixas de campeão da João Havelange e Mercosul 2000 e Taça Rio 2001. Junto com essas faixas no profissional, recebi também a faixa de campeão estadual dos juniores, em que era o capitão da equipe (foi o ultimo titulo estadual do clube na categoria). Eu sempre descia pra jogar nos juniores e quando recebi o troféu pediram a mim para se juntar ao Romário para tirarmos uma foto juntos, porque éramos os capitães. Um dia muito especial, pois demonstrava o quanto o Vasco era vitorioso e eu participei de tudo isso. Sem contar que o Romário era pra mim a vitória em pessoa.



AS - Você sempre foi um dos destaques da base, tendo atuado até na base da Seleção Brasileira. O que você acha que o atrapalhou para se firmar no futebol brasileiro?

S - Estava um pouco cansado de ter mais oportunidades na lateral esquerda do que no meio campo onde sempre joguei e, como você citou, me destacando, inclusive indo pra todas as seleções das categorias de base. Em determinados momentos as pessoas não entendiam por que eu não ia bem em alguns jogos e era uma promessa na base. Eu simplesmente queria jogar e ajudar o Vasco, mas os treinadores que precisavam me improvisar. O professor Antônio Lopes, mesmo sabendo que eu não era lateral, me colocava em campo me dando muita confiança e eu tentava fazer o melhor possível sempre. Talvez eu devesse esperar as minhas oportunidades na minha posição, porém nunca fugi de desafios. Na minha última semana de Vasco eu estava escalado pra jogar de titular na lateral esquerda num jogo contra o Paraná, em São Januário, o que demonstrara que eu saí por cima no Vasco, quando muita gente achava que não me queriam mais lá. Porém, hoje tenho certeza que não era o momento de sair. Porque saí pra Israel, onde fiquei esquecido.

AS - Você tem vontade de retornar ao Brasil? O Vasco seria uma opção?
S - O Vasco sempre será uma opção. Conheço o clube, as pessoas e sou torcedor. Ficaria muito feliz, porém o futebol é imprevisível. Isso pode acontecer amanha ou nunca pode acontecer.

AS - Mande um recado para a torcida vascaína!
S - Quero Agradecer a todos os vascaínos, aqueles que me apoiaram ou não. O Vasco estará sempre na minha vida seja como jogador ou torcedor. Peço que apóiem à todos os jogadores em todos os momentos. Ainda mais agora. O SENTIMENTO NÃO PODE PARAR!

Imagem:NetVasco

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